A Procuradoria-Geral da República defendeu a manutenção da prisão do general Braga Netto.
A PGR se manifestou nessa sexta-feira (20), no Supremo Tribunal Federal, contra o pedido de soltura feito pela defesa do militar, que está preso há uma semana no Rio de Janeiro.
Braga Neto é suspeito de atrapalhar as investigações sobre tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Os advogados alegaram que as acusações contra o general tratam de fatos passados e não justificam a prisão preventiva.
Mas para o procurador-geral, Paulo Gonet, as tentativas do investigado de embaraçar a investigação mostram a necessidade da prisão para interromper a obstrução, pois ainda há risco de continuidade delitiva.
A Polícia Federal apontou que Braga Netto teria pressionado comandantes das Forças Armadas para aderirem à tentativa de golpe.
Ainda teria atuado para conseguir informações sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, como também para financiar o monitoramento de alvos, planejar sequestros e, possivelmente, o assassinato de autoridades.
Segundo o relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes, as investigações mostram que Braga Netto tinha verdadeiro papel de liderança, com indícios de que atuou para embaraçar as investigações.
* Com informações da Agência Brasil