O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou nesta segunda-feira (16) por mais 180 dias o inquérito das fake news, que apura a divulgação de desinformação, ameaças e ataques a ministros da Corte.
De acordo com nota divulgada pelo STF, a prorrogação é necessária para finalizar as investigações e identificar todos os envolvidos no chamado ‘gabinete do ódio’, grupo formado por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro para atacar opositores na internet.
Moraes também determinou a oitiva de mais 20 pessoas, a complementação da análise das informações obtidas mediante a quebra de sigilo fiscal e bancário e o término de diligências em andamento na Polícia Federal.
O chamado inquérito das fake news foi aberto pelo próprio tribunal para apurar a divulgação de notícias falsas e ameaças contra integrantes da Corte. Desde março de 2019, a investigação foi prorrogada sucessivas vezes.
Na época da abertura da investigação, o Supremo entendeu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal foram omissas diante dos ataques dirigidos aos ministos, e que o inquérito poderia ser aberto de ofício pelo tribunal.
Para o então presidente do STF, ministro Dias Toffoli, a medida, referendada pelo plenário, foi necessária para combater a veiculação de notícias falsas que atingem a honra e a segurança da Corte, de seus membros e familiares.
A nomeação de Alexandre de Moraes como relator do caso foi amparada pelo regimento interno do órgão.
* com informações da Agência Brasil