O primeiro-ministro interino da Síria, Mohammed al-Bashir, afirmou que o novo governo irá garantir os direitos de todas as religiões. Ele também pediu que os compatriotas, que haviam fugido por causa da guerra civil, retornem ao país.
Mohammed al-Bashir fez um apelo aos sírios. Disse que o país precisa do capital humano e da experiência de todos que estão no exterior. As declarações foram dadas em uma entrevista, a primeira desde que assumiu o cargo, ao jornal italiano Corriere de la Sera.
Ele também afirmou que o comportamento errado de alguns grupos islâmicos levou muitas pessoas, especialmente no Ocidente, a associar muçulmanos ao terrorismo e o islã ao extremismo. Mas, segundo al-Bashir, o islã é a religião da justiça, e por isso, o governo vai garantir os direitos de todas as pessoas e seitas da Síria. Porém, ao ser questionado se a constituição do país seria islâmica, respondeu que isso será esclarecido quando a carta for elaborada.
Países ocidentais têm demonstrado preocupação com o novo governo em relação aos direitos humanos, especialmente das mulheres. Isso porque o grupo armado que tomou o poder, a “Organização pela Libertação do Levante”, já foi associado ao grupo terrorista al-Qaeda. E alguns dos combatentes pertenceram ao estado islâmico.
Mas de acordo com o novo primeiro-ministro, a prioridade do governo é garantir serviços básicos e segurança à população.
Por enquanto, os líderes têm se voltado para a destruição de imagens que remetam ao regime de Bashar al-Assad. Hoje, o mausoléu do pai dele, o também ditador Hafez al-Assad, foi incendiado. E colaboradores do regime, especialmente dos que participaram de tortura e execuções, estão sendo procurados.
* Com informações da Agência Reuters