Uma organização criminosa que atua no estado do Rio de Janeiro e que utilizava clínicas médicas para desviar verbas do SUS, foi alvo de uma grande operação da Polícia federal. O grupo é acusado de desvio de verbas da saúde, no valor de mais de R$ 20 milhões, para tratamentos de fisioterapia e exames de imagem que nunca foram realizados, além de pedidos médicos duplicados.
Batizada de Operação Tratamento Fake, a diligência cumpriu 14 mandados de busca e apreensão nos municípios do Rio de Janeiro, Niterói, Seropédica, Nilópolis e Mesquita. Entre os alvos dos mandados, estão clínicas médicas, seus proprietários e ex-servidores.
Os acusados poderão responder pelos crimes de organização criminosa e furto qualificado mediante fraude cometida por meio de dispositivo eletrônico ou informático. As penas podem chegar a 11 anos de reclusão.
A investigação começou a partir de auditoria da Controladoria Geral da União, que constatou que diversas clínicas selecionadas por chamamento público participaram das fraudes.
A operação busca ampliar o conjunto de provas já existente, de forma a coletar mais elementos para definir o total dos valores desviados, bem como revelar eventual participação de outros servidores públicos nos desvios de recursos.