quinta-feira, dezembro 26, 2024
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Militares presos por planejar morte de Lula eram de “forças especiais”

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A Polícia Federal prendeu quatro militares e um policial federal que teriam planejado um golpe de estado em 2022. O plano era matar os já eleitos presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin em 15 de dezembro daquele ano para impedir a posse do novo governo. O terceiro alvo dos criminosos era o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Segundo a PF, os militares têm formação em Forças Especiais, os chamados “kids pretos”. Um deles é o general de brigada da reserva Mario Fernandes, que foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Jair Bolsonaro. Fernandes depois se tornou assessor no gabinete do deputado federal Eduardo Pazuello. Nós tentamos contato com a defesa do general, mas não conseguimos resposta.

O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. O planejamento, chamado de “punhal verde e amarelo”, tinha características de plano terrorista, afirmou a PF. Ele detalhava os recursos humanos e armamentos, com uso de técnicas operacionais militares avançadas. Também estava previsto um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, integrado pelos próprios investigados, para gerenciar os conflitos institucionais que surgiriam após a execução do plano.

Parte dos investigados participava da segurança no G20, mas o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da república, Paulo Pimenta, afirmou que não há risco. O ministro afirmou ainda que essa investigação mostra que crimes contra a democracia não podem ser menosprezados.

Em nota, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco afirmou que não há espaço no Brasil para ações que atentam contra o regime democrático, e menos ainda, para quem planeja tirar a vida de quem quer que seja e deseja que a investigação alcance todos os envolvidos para que sejam julgados sob o rigor da lei.


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