Este sábado, 23 de novembro, é o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil. A data foi instituída em 2008 para promover a conscientização e estimular ações educativas sobre a doença. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, entre 2023 e 2025, o país poderá registrar quase 8 mil casos por ano de câncer entre crianças e adolescentes. Esse número corresponde a um risco de 135 casos a cada milhão pessoas nessa faixa etária, segundo o Ministério da Saúde.
O aumento dos diagnósticos reflete tanto o crescimento da incidência quanto os avanços tecnológicos, que permitem identificar precocemente os tumores e oferecer tratamentos mais eficazes. Para a médica Arissa Suzuki, do setor de Oncologia Pediátrica do Inca, essa evolução contribui diretamente para a melhora nos índices de cura.
Dados do Ministério da Saúde mostram também um crescimento nos procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2021 e 2022, foram pouco mais de 10 mil cirurgias, já no ano passado, mais de 10.500. O número de tratamentos por quimioterapia variou no período, de 15.700 a 17 mil procedimentos.
Os tipos de câncer mais frequentes em crianças são as leucemias, tumores do sistema nervoso central e linfomas. Já entre adolescentes, os mais comuns são os linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin, além de carcinomas, como os de mama, tireoide, melanoma e ginecológicos.
A data busca alertar para a importância do diagnóstico precoce e do acesso a tratamentos especializados, fundamentais para aumentar as chances de cura e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.