O tenente-coronel Mauro Cid terá que explicar ao ministro Alexandre de Moraes, nesta quinta-feira (21), as contradições, no depoimento à Polícia Federal sobre planos para matar o presidente Lula, o vice Alckmin e o próprio Moraes, que foram descobertos na Operação Contragolpe.
A suspeita é de omissão de informação no acordo de delação premiada assinado ano passado com a Polícia Federal. Por esse acordo, Mauro Cid se comprometeu a revelar os fatos que teve conhecimento durante o governo de Bolsonaro.
O relatório da Operação Contragolpe revela a participação de Mauro Cid em uma das reuniões da trama golpista, realizada na casa do general Braga Neto em Brasília, no dia 12 de novembro de 2022.
A defesa de Cid diz que ele não tem conhecimento sobre a tentativa de golpe e que nenhuma informação foi omitida durante depoimentos à Polícia Federal.
A delação pode até ser anulada, se ficar comprovado que ele omitiu informações dos investigadores. As provas obtidas com a colaboração continuariam valendo neste cenário.