O consumo de bebidas alcoólicas representou um custo para o Brasil superior a R$ 18 bilhões em 2019. É o que aponta um estudo realizado pela Fiocruz Brasília, divulgado nesta terça-feira (5).
Deste total, mais de R$ 1 bilhão são de custos diretos com hospitalizações e procedimentos ambulatoriais no Sistema Único de Saúde (SUS).
Os custos indiretos incluem as perdas de produtividade pela mortalidade prematura, licenças e aposentadorias precoces decorrentes de doenças associadas ao consumo de álcool, perda de dias de trabalho por internação hospitalar e licenças.
Dentro das estimativas indiretas está o custo previdenciário, que atingiu mais de R$ 47 milhões em 2019. Desse valor, R$ 37 milhões são de gastos com o público masculino. Os homens representaram 86% das mortes em consequência do consumo de álcool, em que a maioria dos óbitos foram por doenças cardiovasculares, acidentes e violências.
No público feminino, que responde por 14% dos registros fatais, as mortes ocorreram por doenças cardiovasculares e vários tipos de câncer em mais de 60% dos registros.
Além do consumo de álcool pelas mulheres ser menor, elas procuram mais os serviços de saúde e fazem exames de rotina. Isso faz com que sejam tratadas antes que as complicações mais graves de saúde aconteçam.