Iphan e Prefeitura iniciam trabalho de escavação arqueológica na área do Mercado São José, em Recife. 
Em março deste ano, durante as obras de requalificação do histórico Mercado de São José, que fica no centro do Recife, trabalhadores que executavam o serviço encontraram quatro ossadas humanas. A área foi isolada e os trabalhos tiveram de reforma tiveram continuidade.
Agora, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional autorizou o início das escavações arqueológicas, sob responsabilidade de bioarqueólogos da Universidade Rural de Pernambuco, na expectativa de que sejam encontrados outros sepultamentos humanos e artefatos históricos. O superintendente do Iphan de Pernambuco Gilberto Sobral, explica a importância dessa etapa.
“O Recife tem uma área muito grande, onde sempre se encontra áreas arqueológicas. O IPHAN tem um cuidado muito especial com essa história. Não é só a questão histórica. É o respeito à ancestralidade também. Nós estamos achando ossos humanos, esqueletos humanos, mas são pessoas que viveram uma determinada época e que merecem todo o respeito por quem está hoje aqui.
Gilberto falou que a partir de achados arqueológicos, pode surgir um espaço de memória no próprio mercado.
“Nos estamos em tratativas com a prefeitura do Recife para ver se agebnte cioloca u memorial lá mesmo no mezanino, onde a gente possa contar a história de quem viveu, de quem passou por ali, de quem foi enterrado ali, onde fique em exposição alguns achados e o restante vai ser devidamente guardado nos laboratíros de arqueologia da universidade.”
Tombado pelo Iphan em 1973, o Mercado de São José foi fundado em 1875, é o mais antigo edifício pré-fabricado em ferro do Brasil e também o mais antigo mercado em atividade. Ele nunca fechou suas portas desde sua inauguração. As escavações devem seguir até agosto do ano que vem e a reforma deve ser concluída no início de 2026.
* com produção de Dayana Vitor
