O corpo do ex-pugilista Adilson “Maguila” Rodrigues vai ser enterrado nesta sexta-feira (25), no Cemitério Lágrimas, em São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo.
Ele foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Maguila morreu nessa quinta-feira, aos 66 anos, em decorrência de um problema pulmonar.
Ele estava internado há 28 dias, em uma clínica em Itu, no interior paulista.
Nos últimos 18 anos, o ex-boxeador enfrentou a encefalopatia traumática crônica, doença conhecida como “demência do pugilista”, causada por repetição de lesões na cabeça pela prática do boxe.
Justamente por esse problema, há seis anos, o boxeador aceitou doar o cérebro, para estudos, à Universidade São Paulo.
Nascido em Aracaju, Sergipe, Maguila veio jovem para a capital paulista. Trabalhava na construção civil e treinava boxe nas horas vagas.
Ele foi campeão brasileiro dos peso-pesados por quase 15 anos, nas décadas de 1980 e 1990. Também foi campeão sul-americano e chegou ao título mundial por duas ligas, nos anos 1990: da Associação Mundial de Boxe e da Federação Internacional de Boxe.
Em nota, a Confederação Brasileira de Boxe lamentou o falecimento de Maguila e ressaltou a grandeza que ele teve para divulgar o boxe no Brasil. Já o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) apontou Maguila como um esportista que ajudou a abrir portas para o boxe nacional.
O Ministério do Esporte destacou o cartel de Maguila, que em 85 lutas, teve 77 vitórias, sendo 61 delas por nocaute. O tetracampeão mundial de boxe, ex-pugilista Acelino Freitas, o Popó, escreveu nas redes sociais “Descanse em paz meu eterno campeão”.
E o presidente Lula postou que os brasileiros se despedem do grande lutador Maguila, que além das vitórias, conquistou o público com seu carisma.