Vinte e dois uruguaios, torcedores do Peñarol, seguem presos no Rio, por envolvidos na confusão que levou caos à zona oeste da cidade, nesta quarta-feira, 24.
Foram autuados por diversos crimes, entre eles, porte ilegal de arma de fogo, furto, lesão corporal, dano qualificado, incêndio, associação criminosa, resistência, desacato, rixa, injúria racial e corrupção de menores. Também vão responder por infração ao artigo 201 do Estatuto do Torcedor, que prevê crimes contra a paz no esporte.
O grupo foi encaminhado para a Polinter, Coordenação de Polícia Interestadual, e vai passar por audiência de custódia.
Segundo a Polícia Civil, foram usadas imagens veiculadas na imprensa e em redes sociais, para ajudar na identificação dos autores dos delitos.
Outros 330 uruguaios também vão responder pelo artigo 201 do Estatuto do Torcedor.
Os procedimentos serão enviados para o Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos. Esses torcedores já saíram dos limites do estado, em 20 ônibus escoltados pela Polícia Rodoviária Federal até a cidade de Queluz, em São Paulo. Lá, a escolta foi entregue à PRF paulista.
A Polícia Civil também apreendeu um menor de idade infrator, por fatos análogos aos crimes de associação criminosa, incêndio e pelo artigo 201 do Estatuto do Torcedor. Ele foi encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, e vai seguir para a Vara da Infância e da Juventude.
A confusão generalizada aconteceu no Recreio dos Bandeirantes, bairro da zona oeste carioca, horas antes da partida pela semifinal da Liberadores da América, entre Botafogo e Peñarol.
Os policiais designados para aquela região não conseguiram controlar os torcedores uruguaios, que resistiram ao cerco dos agentes e deixaram um rastro de destruição em quiosques da praia, atacaram banhistas, atearam fogo em duas motos e destruíram um carro.