Uma nova frente de investigação foi aberta no Rio de Janeiro para identificar responsáveis pelos transplantes feitos com órgãos infectados pelo vírus da Aids.
A Controladoria-Geral do Estado (CGE) instaurou uma auditoria extraordinária para analisar todos os contratos entre a Fundação Saúde e o laboratório PCS Saleme, que fez os laudos falsos, liberando os órgãos de duas pessoas para doação. Seis pacientes acabaram contaminados pelo HIV.
A previsão é que a auditoria seja concluída em 45 dias.
Em outra frente, a Secretaria de Estado de Saúde instalou um Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública, para acompanhar as ações relativas à contaminação de transplantados pelo HIV.
A medida, publicada no Diário Oficial, visa acolher os pacientes e dar mais segurança à população sobre os procedimentos relacionados a transplantes de órgãos.
Ainda sobre o caso, o governador Cláudio Castro veio a público, nesta terça-feira, e classificou de “inadmissível”. Ele reforçou o compromisso do estado em cuidar dos pacientes e seguir com as investigações.
Castro confirmou que os exames para o Programa de Transplantes passaram a ser realizados pelo Hemorio. O Instituto de Hematologia estadual está fazendo novos testes em todas as amostras de sangue de doadores armazenadas no período em que o laboratório prestou serviços ao estado. O PCS Saleme foi contratado de forma emergencial, em dezembro de 2023, e dispensado no início deste mês.
Um dos sócios e uma funcionária do Laboratório estão presos, e dois citados entre os investigados seguem foragidos.