A Justiça Federal condenou os autores e mandantes da Chacina de Unaí a ressarcirem a União em R$ 30 milhões. Os valores compensam os gastos com benefícios pagos aos familiares dos quatro servidores do Ministério do Trabalho assassinados em 2004.
Eles investigavam denúncias de trabalho análogo à escravidão na cidade mineira de Unaí.
Segundo a Advocacia Geral da União, a sentença viabiliza o ressarcimento aos cofres públicos com gastos com auxílios, bolsas e pensões para os dependentes das vítimas. A ação ainda busca a responsabilização civil dos culpados.
Em janeiro de 2004, os auditores fiscais Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lages e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira sofreram uma emboscada na região de Unaí, sendo mortos a tiros.
Somente em 2023, a Justiça Federal determinou a prisão dos mandantes e intermediários do crime. O fazendeiro e ex-prefeito de Unaí, Antério Mânica, se entregou a polícia. O irmão dele, também condenado como mandante, Noberto Mânica, ainda está foragido. Condenados por terem contratado os atiradores, José Alberto de Castro foi preso no ano passado e Hugo Pimenta em fevereiro deste ano.
Erinaldo Vasconcelos, Rogério Allan e William Miranda foram condenados por executar o crime. Presos desde 2004, eles foram condenados em 2013.