Três bebês menores de seis meses morreram de coqueluche, no Rio de Janeiro. A informação é da Secretaria de Estado de Saúde, que emitiu um alerta sobre a necessidade da vacinação contra a doença para gestantes e mulheres que estão no período pós-parto.
O comunicado é direcionado aos profissionais de saúde das redes pública e privada e, especialmente, às equipes de vigilância epidemiológica e atenção primária à saúde das secretarias municipais.
Até o último dia 15, foram confirmados este ano 216 casos de coqueluche e as três mortes de bebês no estado, contra oito registros e nenhum óbito em 2023.
O esquema básico de imunização contra coqueluche só é completado após os 6 meses de vida e alcança a fase adulta. A proteção contra a doença é garantida por meio das vacinas, entre elas, a dTpa, como explica a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Cristina Giordano.
“Essa vacina, a dTpa, ela previne contra a difteria, tétano e a coqueluche pra adultos. Deve ser aplicada em todas as gestantes e em toda gestação. Então se a mulher engravidar novamente, ela deve tomar novamente. Essa vacina também é indicada para profissionais que trabalham em unidades que vão atender esses bebês, recém nascido, e crianças de até um ano”.
A dTpa é recomendada a grávidas, a partir da 20ª semana de gestação, e puérperas até 45 dias após o parto, e profissionais de saúde que atuam em maternidades e unidades de internação neonatal.
Já a vacina Pentavalente tem a imunização obrigatória para bebês de dois, quatro e seis meses, enquanto a DTP é destinada a crianças de 15 meses a 4 anos.
A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, de alta transmissibilidade, que compromete o aparelho respiratório, e se caracteriza por espasmos de tosse seca. A transmissão se dá pelo contato direto com a pessoa doente, por gotículas de secreção eliminadas durante a fala, tosse e espirro.