O Brasil defendeu, nesta terça-feira (29), o fim do embargo econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra Cuba.
A cobrança foi feita pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas em Nova York.
O embargo causa sofrimento ao povo cubano, afeta o desenvolvimento sustentável do país e prejudica os mais vulneráveis, segundo o ministro brasileiro.
Além disso, para Vieira, manter essa medida limita o acesso a bens essenciais, como remédios e tecnologias; ou seja, afeta o exercício dos direitos humanos do povo cubano.
O ministro disse que o Brasil está preocupado com a situação de emergência energética na ilha, por causa do embargo e da recente passagem do furacão Oscar. O evento climático extremo causou perdas humanas e destruição significativa na região oriental de Cuba.
De acordo com o ministro, o embargo imposto à ilha e a sua inclusão na lista de “Estados patrocinadores do terrorismo” agravam ainda mais a situação. E impedem uma resposta adequada à crise humanitária gerada pelo furacão.
Por isso, Vieira pede que os Estados Unidos: eliminem as sanções; retirem Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo; e promovam o diálogo com respeito mútuo e sem interferência.
O embargo à ilha começou há 60 anos depois que Cuba nacionalizou ativos de empresas americanas na ilha. Depois, serviu como meio de pressionar o governo cubano a adotar reformas democráticas e a se afastar da antiga União Soviética.
Ao longo dos anos, as sanções foram reforçadas para isolar economicamente Cuba e enfraquecer o governo socialista de Fidel Castro.